sábado, agosto 02, 2008

essas mulheres.



sim, os homens ainda dominam muitas mulheres só pelo olhar.
se o cara me olha, estou bem.
me valeu a produção, o tempo gasto, o pé apertado no sapato.
já não importa o que será depois, o que foi antes, se ele não me interessa, se alguém se interessa por ele.
importa que ele me quer, eu sou desejada e isso amortece, mesmo que momentâneamente, metade de minhas crises existênciais.
e nem um milhão de soutiens queimados puderam romper as barreiras psicológicas da sociedade machista.
pobre da mulher que tem seu senso de valor baseado no olhar furtivo de um macho.

hasta quando?

até quando vou me contentar em lutar paramanter a chama acesa, se posso arder como uma fogueira?

quinta-feira, julho 31, 2008

carinho de irmã!

minha irmã me mandou um par de meias pela minha mãe. ela sabe como tocar meu coração e sabe do meu frio nos pés. e não é qualquer meia: ela tem dedinhos, é de pluma e lembra muito um pássaro, azul e sorridente. ai como sinto saudade dessa minha irmã! lembro dela correndo de mim no caminho da praia. lembro do cabelo pantera e do maiô rosa-choque, no auge dos anos 80. lembro dela chorando pelas dores que eu nunca compreendia, mas que hoje conheço de cor. lembro dela recortando, colando, criando (sua especialidade). lembro de tantas coisas dela, sinto tanto a falta dela. mas acima de tudo tenho tanto orgulho da minha irmã marsele. do que ela foi, dos caminhos que escolheu e da vida que leva. guerreira de dar inveja a muito marmanjo, ela nunca deixa a peteca cair. e eu só observo à distância, mas nunca ausente. morro de vontade de poder conversar mais com ela. daquelas conversas de peito aberto, mexendo nos cabelos cacheados que cheiram a macela. sinto falta dela, que pra mim, éum raio de sol!!! ps. obrigada érika por esta foto.

quarta-feira, julho 30, 2008

canto quarto!


ah esse meu quarto que não mente!
eu até acreditei que estava tudo bem?!

segunda-feira, julho 28, 2008

os foras!


tenho colecionado foras. não só os que dou ou levo, como os que vejo acontecer ao meu redor.
o engraçado é perceber que a sinceridade nas relações mais casuais é sempre medida, mas quase nunca sincera.
mas será que tem ouro jeito?
como dizer alguém que, sim, você gostaria de vê-lo, mas não na hora em que está passeando com suas amigas? que gostaria de sair com ele, mas precisa terminar a faxina na cozinha? que naquele momento você prefere ficar em casa lendo do que se aventurar por aí. não é pessoal, mas a história está envolvente e faltam só algumas páginas para a mocinha e mocinho ficarem juntos pra sempre.
se disser qualquer coisa desse tipo, por mais verdadeira que seja, corre o risco dele não entender o seu tempo e sair da estante onde você gostaria de mantê-lo para o momento certo... ou incerto, vai saber.
e nessa história de não ter, mas manter, sempre rolam sinceridades engraçadas:
curiosa por saber de quem é o número que aparece no visor do seu celular, a mocinha atende. ao reconhecer a voz do outro lado diz prontamente: 'oi desculpa, não posso falar agora'. e vira-se continuando a conversa com a amiga sobre qualquer assunto, desses banais.
seria mais prático dizer que naquele momento ela não quer falar ao telefone, mas que um dia eles podem sair e fazer alguma coisa.
prático, mas não compreensível.
usar uma sinceridade medida é sempre desgastante.
eu, por mim, tenho optado por ser sincera de maneira plena.
nem sempre é fácil, mas é mais libertador, no mínimo.
e sigo aguardando pelo momento em que o desejo for recíproco e na mesma medida.