quinta-feira, janeiro 08, 2009

um dia eu tive a seguinte pauta: 'a atriz reese witherspoon vem ao brasil lançar uma campanha da avon contra a violência doméstica.' gostei do tema pelo social. mas sabia que seria um sufoco pela presença da hollywoodiana que eu nem ao menos sabia citar o nome. só chegando ao local do lançamento da campanha é que encontro a verdadeira estrela do evento, ao menos pra mim: maria da penha, a mulher que virou lei. li muito sobre ela quando a lei foi lançada. li muito sobre ela quando a lei trouxe resultados palpáveis. ela sempre foi queridinha no meu coração. ela deu uma entrevista muito bacana em uma das minhas revistas preferidas, a tpm. maria da penha ficou sem andar, depois de levar um tiro do marido. em um momento a repórter pergunta do que sente mais saudades da época em que andava. 'tenho saudades do forró. adorava dançar. também tenho saudades das ondas “lambendo” as pernas quando elas recuavam para o mar. lembro da areia saindo de baixo dos pés', ela disse, me levando às lagrimas. ela é uma guerreira, porque reuniu de uma tragédia a força necessária para lutar. quando parecia o fim ela fez um novo começo e mudou o Brasil. a entrevista completa neste link. vale muito a pena. http://revistatpm.uol.com.br/82/vermelhas/home.htm

é, o tempo passa... até para o brad pitt, um dos homens mais bonitos do meu mundinho! e segue no top five, apesar das ruguinhas.

terça-feira, janeiro 06, 2009

seu zé!

seu zé era um senhor de 80 e poucos anos, vizinho de meus pais. nasceu na frança, cresceu no egito, passou a adolescência em londres e veio ao brasil já adulto, não sei ao certo porquê. lembro dele como o vizinho adorável dos meus pais. ele era alto, magro e com os cabelos todos brancos. muito simpático e educado, seu zé era um gentleman de verdade. eu estudei inglês e discuti a bíblia com ele, o que me fez muito bem. nós discordávamos de alguns pontos teológicos, mas sempre mantivemos o respeito e admiração mútuos. quando eu voltei a são paulo nós continuamos a debater o assunto por carta. ele era um homem extremamente culto e a estante de livros dele era enorme. enorme como o coração bondoso dele. seu zé morava sozinho e eu nunca vi um filho lá. uma visita. mas eu sei que ele os tinha. hoje minha mãe me ligou pra dizer que seu zé morreu de dor. ele tinha uma dor constante na perna. quando levado ao médico perceberam que ele estava com o fêmur quebrado. o médico foi mexer e a dor foi tanta que o coração dele não aguentou. eu não entendo o desamor. sei que deve haver motivos, mas eu não os compreendo!