sábado, abril 25, 2009

2 days in paris

acabo de ver 2 days in paris e fiquei comovida...
principalmente pela cena final:

'pra resumir o rumo dessa conversa, não é fácil estar num relacionamento e especialmente conhecer a outra pessoa verdadeiramente. e aceitar seu passado e seus defeitos.
jack me confessou seu medo de ser rejeitado se eu o conhecesse de verdade, se ele se mostrasse totalmente para mim.
jack percebeu que depois de dois anos ele não me conhecia e nem eu a ele. e para nos amarmos verdadeiramente precisávamos saber toda a verdade sobre nós, mesmo quando não for fácil aceitá-la. então eu lhe disse toda a verdade. que eu nunca o havia enganado, e que eu tinha visto mathieu naquela tarde. não ficou bravo comigo, claro, porque nada aconteceu.
confessei ä jack como era dificil pra mim decidir ficar com uma pessoa só pra sempre. a idéia de ficar com ele por toda a vida, de ter que me esforçar pra fazer tudo dar certo, de não sair correndo quando surgir um problema, era muito dificil para mim.
disse-lhe que não poderia ficar com um só homem por toda a vida. era mentira, mas eu disse assim mesmo. ele me perguntou se eu pensava como um esquilo, colecionando homens como eles colhem nozes e descartá-los a cada inverno... eu achei aquilo engraçado.
então ele disse algo que me magoou. seu tom mudou drasticamente, e eu não entendi bem o que ele estava dizendo. acho que ele quis dizer que não me amava mais e queria terminar tudo. sempre me fascina como as pessoas passam do amor incondicional pro nada... nada. doeu muito...
quando percebo que alguém vai me deixar, tenho um impulso de terminar tudo primeiro, antes que eu tenha que ouvir tudo.
aí está ele: um a mais... um a menos... outra história de amor disperdiçada. eu realmente gostei dessa história.
quando achei que tudo já havia acabado e que eu nunca mais o veria desse jeito novamente. sim, esbarraria nele com sua nova namorada, eu com meu namorado novo, como se nunca tivéssemos ficado juntos, pensando um no outro cada vez menos até esquecermos completamente, ou quase.
é sempre igual pra mim: terminar... e eu me acabar... beber... e sair por aí... conhecer um cara aqui, outro ali, transar para esquecer o único.
alguns meses de vazio completo e procurar novamente um verdadeiro amor, procurar desesperadamente em todo o lugar e depois de dois anos de solidão, encontrar um novo amor e jurar que este é o certo até que esse novo amor se acabe também.
há um momento na vida em que você não se recupera mais de uma separação.
mesmo se esta pessoa te aborrecer 60% do tempo, ainda assim você não consegue viver sem ele e mesmo se ele te acordar todos os dias espirrando no seu rosto, você amará esses espirros mais do que os beijos de qualquer outro...

quarta-feira, abril 22, 2009

o não de Deus é o sim para a vida. o sim do amor, o não da dor, de quem conhece, sabe e não só ama, é o amor. e ainda escolho diferente? é só o amor mesmo!

eu sonhei com o chico buarque!!! antes de dormir eu li o último trecho do livro novo dele, leite derramado, e daí ele veio me visitar em sonho. sobre o livro dedicarei um post, esse é sobre o sonho, mas também não será nada demais. só que acordei muito familiarizada com a feição dele, e o cheiro dele ultrapassou o sonho... posso senti-lo! ah... o chico!!!!

terça-feira, abril 21, 2009

pela fresta da cortina só via o cinza e a chuva, e estranhamente sentia uma alegria, um contentamento. foi o filme! logo depois de acordar, assistiu cinema paradiso, um dos favoritos. e era tudo tão bonito entre beijos e películas, amores, perdas e amizade. e ainda tem o mar, o cinema ao ar livre nas noites do verão italiano, italiano, menino fofo, romance, e amor ao cinema. naquele dia a arte fez toda a diferença na vida dela.

porque era dela procrastinar olhou o relógio e voltou a dormir, e porque procrastinou antes foi comprar um vestido de festa. prendeu o cabelo porque estava sem corte. sentiu pressa porque o céu ficava cinza. e porque tinha dinheiro contado sentiu como se nada a pudesse agradar. pediu porque creu, e Ele concedeu e ela agradeceu. porque se sentiu carente, cortou o cabelo, porque esperava por isso, aceitou alegremente a massagem. estranhou porque vai estranhar sempre. porque não se pode abraçar o mundo, acabou sozinha, sentiu-se bem, porque para dançar não precisava de mais nada. e dançou e dançou porque assim desejou. sorria porque tinha a música nela, e porque aquela era sua poesia, fechava os olhos. sentiu-se de alma lavada porque era assim quando dançava. mais um minuto porque a chuva caia suave. alguém acendia uma fogueira, porque fazia frio, ‘muita solidão’, porque estava só. ‘muita solidão’... concordou, porque acha bonito mensurar sentimentos. porque se sentia plena, sorriu. achou graça porque o taxista a chamava de senhorita. se encontrou na tv porque o amor é clichê, deu risada porque até as falas se repetiam. porque se sentiu bem, teve vontade de rir. foi dormir feliz, porque acordaria, e teria mais uma chance, porque a cada dia seria assim.