os olhos fugiam do livro, sob a proteção dos óculos,
o sorriso misturando nervosismo e felicidade.
o abraço.
ah, o abraço.
aquele espaço perfeito entre a saudade e a vontade.
(um dia ainda eternizo esse abraço).
a admiração nos olhos,
as palavras embriagadas no turbilhão de sentimento, saem como que obrigação.
na verdade são desnecessárias quando o sentir invade os poros.
um prazeiroso desconforto,
como se fosse possível redescobrir.
o reflexo do vidro ajuda a não perder de vista.
a imaginação do toque,
vontade de pertecer,
ir ao encontro desse cheiro de saudade que me inebria.
as últimas palavras,
o beijo estalado na bochecha,
o abraço desconcertado,
a felicidade no sorriso,
a saudade rolando pelo rosto.
o sorriso se vai com a felicidade,
a saudade sempre fica.
Pássaros de papel não voam
Há 10 anos
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