sexta-feira, junho 12, 2009

'e se...?' perguntou a íntima desconhecida.
'eu vou correr no parque', respondeu ela sem vacilar.
e assim foi. chegou em casa administrando os sentimentos, calçou os tênis e correu.
brigadeiro, 9 de julho, augusta, rebouças, augusta, 9 de julho, brigadeiro.
a cada gota de suor se sentia mais vazia dele.
repassou alguns pontos da conversa, lamentou alguns comentários, como se ele tratasse com leviandade o que ela tinha de melhor pra oferecer.
sentiu uma mágoa diminuta porque já sentia demais.
conversou com Deus e confiava que foi segundo a vontade dEle, e isso lhe dava paz.
não chorou, só pisava firme a cada passo.
e talvez não chorasse nunca mais.
se sentia ainda orgulhosa por ter enfrentado de maneira digna seus medos e fantasmas.
como zé, do chico buarque, chegou em casa e teve a sensação de ter ficado oca.
havia esgotado o assunto que mais lhe consumia e isso era renovador.
e era como se a vida recomeçasse e ela se sentia cheia de vontade de viver.
até porque o amor que ela lhe dedicava era dela, e isso não mudaria nunca.

2 comentários:

Kátia Rocha disse...

"até porque o amor que ela lhe dedicava era dela, e isso não mudaria nunca."

Que final arrebatador!
Lindo isso!
Melhor ainda pque foi um final feliz!

Dassa disse...

amiga, cada dia vc escreve melhor:)
amo ler vc! obrigada pela surpresa de niver tb..me fez mais feliz:) bjos